Reciclaveis e Biodegradaveis
A causa ecológica, entendida como necessidade de preservar a saúde do Planeta, gradualmente vem levando ao banimento e à discriminação de produtos que, para sua fabricação, foi imposto um ônus aos recursos naturais e também, de produtos geradores de resíduos que não forem recicláveis ou que não possuam características que permitam sua autodestruição, sem impacto no meio ambiente.
A premissa acima engloba duas classes de materiais: os primeiros, pode-se dizer, são aqueles para uso direto (ou aplicação) e os segundos são conseqüências ou acessórios. Dentre os muitos exemplos, no primeiro caso, podemos citar os estrados de madeira ("pallets") e os dormentes ferroviários, também de madeira, aos quais nos referiremos adiante. No segundo caso, um exemplo seria as embalagens.
Analisemos, para começar, o segundo caso, falando de embalagens, do que são constituídas e como podem causar danos ao meio ambiente.
Comecemos pelo papel. Sua fabricação implica em serevos danos à Natureza e que, evidentemente, já vêm sendo paulatinamente amenizados. A fabricação do papel depende do corte de árvores e de processo industrial altamente agressivo aos corpos d'água. O replantio ordenado, a reciclagem de papéis usados e técnicas de tratamento de efluentes industriais, estão sendo cada vez mais postos em prática com sucesso, demonstrando que a tecnologia pôde e pode contornar o ônus ambiental na fabricação do papel. O papel é, por natureza, biodegradável.
Passemos ao plástico, onde a situação começa a se complicar um pouco porque, no geral, não se poderá fabricar o mesmo produto com a reciclagem, como por exemplo, uma garrafa não poderá se tornar outra garrafa e o fruto da reciclagem, ao término de seu novo uso, fatalmente será um transtorno em matéria de não biodegradabilidade.
Falemos do vidro. Esse produto se presta a reciclagem de forma fantástica e até com lucro, haja vista que, na fabricação do vidro novo, segundo Dimas Nazari, da Cisper, a matéria prima tem uma perda de cerca de 20%, enquanto que, na reciclagem, o aproveitamento é de 100%, representando aí uma redução de custos de energia, indiretamente importante para o Meio Ambiente. O vidro não é biodegradável.
Quanto às embalagens metálicas, em especial as de aço e de alumínio, têm-se que, tanto uma quanto a outra, são facilmente recicláveis e podem retornar às características originais para a fabricação de outras embalagens. Aço e alumínio não são biodegradáveis, mas podem ser reciclados indefinidamente.
Recentemente, surgiu no mercado brasileiro uma embalagem simpática e popularmente denominada "caixinha". Ela é um misto de polietileno, papel e alumínio; montou-se todo um "marketing" em cima da assepsia proporcionada e facilidades no transporte. Tal embalagem já pode ser vista abundantemente nos supermercados; não é biodegradável e até agora não se presta à reciclagem. Isso indica que, ao virar lixo, ela será para sempre lixo e ainda concorrerá para atrapalhar a decomposição natural dos materiais orgânicos que compõem o lixo.
Analisando, agora, aquela classe de produtos de aplicação direta, cuja fabricação implica em ônus para os recursos naturais, dois, entre muitos deles, pela grandeza de consumo, não podem deixar se ser considerados: os "pallets" (estrados para transporte) e os dormentes ferroviários, ambos de madeira.
No caso dos "pallets", estudo de pesquisador independente nacional, Engo João Tarciso de Morais e dados da Revista Superhiper da Associação Brasileira de Supermercados (Julho-1990), indicam que o consumo mundial de madeira para fabricação desse produto alcança a fantástica cifra anual de 200 milhões de metros cúbicos ou seja, na correspondência a 40 milhões de árvores que, pelo seu porte e tipo, implicam num desmatamento de 400 mil hectares. Evidentemente é que, mais dia menos dia, o mundo estará despertando para substituir a madeira nesse uso. Temos notícias que há projetos para fabricar esses estrados em aço, via chapas finas e que, apesar de um custo inicial mais alto, esses estrados competem com os de madeira no peso equivalente e darão taxas de retorno atraente pela durabilidade bem maior. No que se refere à reciclabilidade (do aço), essa, estará garantida. Outros suscedâneos estão sendo pesquisados para esse produto, como a fibra de vidro, sendo que, nesse caso, a reciclabilidade é duvidosa e com isso, o descarte poderá se constituir em ônus extra para o Meio Ambiente.
Finalmente, um outro grande desvastador de florestas é o dormente ferroviário de madeira que também pode ser substituído pelo fabricado em aço, porém com tecnologia especializada para tal no que se refere à colocação e ao isolamento elétrico da sinalização de ferrovias. O Primeiro Mundo já o emprega largamente. Dados que temos à mão indicam que os dormentes de madeira representam um consumo anual de madeira, a nível nacional, da ordem de 900 mil metros cúbicos, o que significa um abate de 186 mil árvores.
Como conclusão, a certeza é que, o Primeiro Mundo caminha para as soluções não degradantes da Natureza e nós, no Terceiro Mundo, não poderemos, pelo menos nesses casos, ficar a reboque, mantendo ou aceitando tecnologias ultrapassadas; temos, isso sim, que seguir caminhos paralelos.
Fonte: www.gpca.com.br
A premissa acima engloba duas classes de materiais: os primeiros, pode-se dizer, são aqueles para uso direto (ou aplicação) e os segundos são conseqüências ou acessórios. Dentre os muitos exemplos, no primeiro caso, podemos citar os estrados de madeira ("pallets") e os dormentes ferroviários, também de madeira, aos quais nos referiremos adiante. No segundo caso, um exemplo seria as embalagens.
Analisemos, para começar, o segundo caso, falando de embalagens, do que são constituídas e como podem causar danos ao meio ambiente.
Comecemos pelo papel. Sua fabricação implica em serevos danos à Natureza e que, evidentemente, já vêm sendo paulatinamente amenizados. A fabricação do papel depende do corte de árvores e de processo industrial altamente agressivo aos corpos d'água. O replantio ordenado, a reciclagem de papéis usados e técnicas de tratamento de efluentes industriais, estão sendo cada vez mais postos em prática com sucesso, demonstrando que a tecnologia pôde e pode contornar o ônus ambiental na fabricação do papel. O papel é, por natureza, biodegradável.
Passemos ao plástico, onde a situação começa a se complicar um pouco porque, no geral, não se poderá fabricar o mesmo produto com a reciclagem, como por exemplo, uma garrafa não poderá se tornar outra garrafa e o fruto da reciclagem, ao término de seu novo uso, fatalmente será um transtorno em matéria de não biodegradabilidade.
Falemos do vidro. Esse produto se presta a reciclagem de forma fantástica e até com lucro, haja vista que, na fabricação do vidro novo, segundo Dimas Nazari, da Cisper, a matéria prima tem uma perda de cerca de 20%, enquanto que, na reciclagem, o aproveitamento é de 100%, representando aí uma redução de custos de energia, indiretamente importante para o Meio Ambiente. O vidro não é biodegradável.
Quanto às embalagens metálicas, em especial as de aço e de alumínio, têm-se que, tanto uma quanto a outra, são facilmente recicláveis e podem retornar às características originais para a fabricação de outras embalagens. Aço e alumínio não são biodegradáveis, mas podem ser reciclados indefinidamente.
Recentemente, surgiu no mercado brasileiro uma embalagem simpática e popularmente denominada "caixinha". Ela é um misto de polietileno, papel e alumínio; montou-se todo um "marketing" em cima da assepsia proporcionada e facilidades no transporte. Tal embalagem já pode ser vista abundantemente nos supermercados; não é biodegradável e até agora não se presta à reciclagem. Isso indica que, ao virar lixo, ela será para sempre lixo e ainda concorrerá para atrapalhar a decomposição natural dos materiais orgânicos que compõem o lixo.
Analisando, agora, aquela classe de produtos de aplicação direta, cuja fabricação implica em ônus para os recursos naturais, dois, entre muitos deles, pela grandeza de consumo, não podem deixar se ser considerados: os "pallets" (estrados para transporte) e os dormentes ferroviários, ambos de madeira.
No caso dos "pallets", estudo de pesquisador independente nacional, Engo João Tarciso de Morais e dados da Revista Superhiper da Associação Brasileira de Supermercados (Julho-1990), indicam que o consumo mundial de madeira para fabricação desse produto alcança a fantástica cifra anual de 200 milhões de metros cúbicos ou seja, na correspondência a 40 milhões de árvores que, pelo seu porte e tipo, implicam num desmatamento de 400 mil hectares. Evidentemente é que, mais dia menos dia, o mundo estará despertando para substituir a madeira nesse uso. Temos notícias que há projetos para fabricar esses estrados em aço, via chapas finas e que, apesar de um custo inicial mais alto, esses estrados competem com os de madeira no peso equivalente e darão taxas de retorno atraente pela durabilidade bem maior. No que se refere à reciclabilidade (do aço), essa, estará garantida. Outros suscedâneos estão sendo pesquisados para esse produto, como a fibra de vidro, sendo que, nesse caso, a reciclabilidade é duvidosa e com isso, o descarte poderá se constituir em ônus extra para o Meio Ambiente.
Finalmente, um outro grande desvastador de florestas é o dormente ferroviário de madeira que também pode ser substituído pelo fabricado em aço, porém com tecnologia especializada para tal no que se refere à colocação e ao isolamento elétrico da sinalização de ferrovias. O Primeiro Mundo já o emprega largamente. Dados que temos à mão indicam que os dormentes de madeira representam um consumo anual de madeira, a nível nacional, da ordem de 900 mil metros cúbicos, o que significa um abate de 186 mil árvores.
Como conclusão, a certeza é que, o Primeiro Mundo caminha para as soluções não degradantes da Natureza e nós, no Terceiro Mundo, não poderemos, pelo menos nesses casos, ficar a reboque, mantendo ou aceitando tecnologias ultrapassadas; temos, isso sim, que seguir caminhos paralelos.
Fonte: www.gpca.com.br
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