A moderna construção sustentável

A moderna Construção Sustentável é um sistema construtivo que promove intervenções sobre o meio ambiente, adaptando-o para suas necessidades de uso, produção e consumo humano, sem esgotar os recursos naturais, preservando-os para as gerações futuras.


A Construção Sustentável faz uso de ecomateriais e de soluções tecnológicas e inteligentes para promover o bom uso e a economia de recursos finitos (água e energia elétrica), a redução da poluição e a melhoria da qualidade do ar no ambiente interno e o conforto de seus moradores e usuários. Esse tipo de construção nunca é intuitiva. Mesmo quando emprega produtos ou processos artesanais (por ex. paredes de adobe ou taipa de pilão), o faz conscientemente, buscando o sucesso ambiental integral da obra, e não apenas uma construção.

Trata-se de um modelo diferente da Construção Ecológica ou Natural, que, grosso modo, pode ser definida como aquela que permite a integração entre homem e natureza, com um mínimo de alteração e impactos sobre o meio ambiente. A construção ecológica, à maneira das habitações de outros seres vivos (castores, abelhas, formigas), usa recursos naturais locais de maneira integrada ao meio e, quase sempre, instintiva e intuitivamente. É o caso das habitações indígenas, das construções de terra pré-islâmicas nos países árabes e dos iglús, dos esquimós. Esse tipo de habitação ?que ainda responde por mais da metade das habitações no planeta- é praticamente impraticável nos modernos centros urbanos, onde a heterogeneidade de povos e culturas e o estilo de vida e produção exigem materiais oriundos de lugares distantes e uma construção civil executada por profissionais da área.

Como denominador comum, construção sustentável e ecológica têm o fato de gerarem habitações que preservem o meio ambiente e de buscarem soluções locais para problemas por elas mesmas criados. A Construção Sustentável difere da Ecológica por ser produto da moderna sociedade tecnológica, utilizando - ou não - materiais naturais e produtos provenientes da reciclagem de resíduos gerados pelo seu próprio modo de vida.


A obra sustentável
A sustentabilidade de uma obra moderna é avaliada pela sua capacidade de responder de forma positiva aos desafios ambientais de sua sociedade, sendo ela mesma um modelo de solução. A Casa Sustentável deve(ria):

1. usar recursos naturais passivos e de design para promover conforto e integração na habitação;

2. usar materiais que não comprometam o meio ambiente e a saúde de seus ocupantes e que contribuam para tornar seu estilo de vida cotidiano mais sustentável (por exemplo, o usuário de embalagens descartáveis deveria usar produtos reciclados a partir dos materiais que, em algum momento, ele mesmo usou);

3. resolver ou atenuar os problemas e necessidades gerados pela sua implantação (consumo de água e energia);

4. prover saúde e bem-estar aos seus ocupantes e moradores e preservar ou melhorar o meio ambiente.

Todos esses desafios teriam de ser considerados em todo o ciclo de vida da habitação, sendo esta pensada como uma obra aberta: sempre passível de ampliação e melhoramentos.

Casa Saudável
Não há casa sustentável sem ser saudável. A finalidade de uma construção sustentável não é apenas preservar o meio ambiente, mas também ser menos invasiva aos seus moradores. Ela não pode ser geradora de doenças, caso de prédios que geram a Síndrome do Edifício Doente (SEE*). A Casa Sustentável deve funcionar como uma segunda ou terceira pele do próprio morador, porque ela é sua extensão, como ensina o geobiólogo espanhol Mariano Bueno. Ela é seu ecossistema particular, e, assim como no planeta Terra, todas as interações devem ocorrer reproduzindo ao máximo as condições naturais: umidade relativa do ar, temperatura, alimento, geração de resíduos e sua transformação, conforto, sensação de segurança e bem-estar, etc.

Escolha dos materiais
A escolha dos materiais na Construção Sustentável deveria, em princípio, obedecer a critérios de preservação, recuperação e responsabilidade ambiental. Isso significa que, ao se iniciar uma construção, é importante considerar os tipos de materiais que estão de acordo com o local (como sua geografia, ecossistema, história, etc.) e que podem contribuir para conservar e melhorar o (meio) ambiente onde será inserida. Materiais que guardam relação direta com o estilo de vida do local e do usuário devem ser avaliados. Por exemplo, se o morador reside e trabalha em uma área urbana, possivelmente comprará alimentos envolvidos por embalagens plásticas descartáveis; é muito provável também que utilize um automóvel para se deslocar da casa para o escritório e vice-versa.

Assim sendo, nada mais justo que este mesmo usuário/consumidor/cliente opte, conscientemente, pelo uso de um produto resultante de um resíduo gerado para atender às suas necessidades -no caso, as embalagens descartadas poderiam retornar no formato de telhas e a areia de fundição usada para manufaturar os moldes que deram origem às peças de seu automóvel ganha uma nova etapa de seu ciclo de vida, como blocos de concreto reciclados.

Deve-se lembrar que toda Construção Sustentável é saudável. Esse tipo de obra caracteriza-se pelo uso de materiais e tecnologias biocompatíveis, que melhoram a condição de vida do morador ou, no mínimo, não agridem o meio ambiente em seu processo de obtenção e fabricação, nem durante a aplicação e em sua vida útil. Que produtos convencionais estariam fora dessa lista? Por exemplo, todos aqueles que emitem gases voláteis (os famosos COVs - compostos orgânicos voláteis), como tintas, solventes, resinas, vernizes, colas, carpetes sintéticos e de madeira. Em seu lugar, a solução mais simples e de mercado é buscar sempre produtos à base de água ou 100% sólidos (isto é, que em contato com o oxigênio não emitem gases ou odores).

É importante evitar também materiais que reconhecidamente estão envolvidos com graves problemas ambientais, e sobre os quais hoje há consenso entre todas as entidades sérias que trabalham com Construção Sustentável e Bioconstrução no mundo, caso do PVC (policloreto de vinil) e o alumínio. Outros produtos, considerados aceitáveis na ausência de outras opções, devem ser usados de maneira bastante criteriosa principalmente no interior de casa, como compensados e OSBs (colados com cola à base de formaldeído). O mesmo vale para madeiras de reflorestamento tratadas por autoclave (sistema CCA, CCB ou CCC), as quais são imunizadas com um veneno à base de arsênico e cromo - este tipo de madeira, segundo a EPA norte-americana e os próprios fabricantes daquele país, já não pode mais ser usada em áreas públicas desde 30 de dezembro de 2003.

As empresas, os governos e as ONGs não são as únicas responsáveis pelos materiais de construção e pelo estado atual do meio ambiente. O consumidor, ao optar por um produto A, B ou C, é também co-responsável por todo o processo, já que é para ele que se destinam todos os produtos e, por extensão, as construções. Ele é o "target" do mercado e, com uma nova consciência, pode ajudar a alterar as regras do mercado.

Tendências da Construção Sustentável
A Construção Sustentável é uma síntese das escolas, filosofias e abordagens que associam o edificar e o habitar à preocupação com preservação do meio ambiente e saúde dos seres vivos. Para ela convergem tendências como: arquitetura ecológica, arquitetura antroposófica, arquitetura orgânica, arquitetura bioclimática, bioconstrução, ecobioconstrução, domobiótica, arquitetura sustentável, construção ecológica, construção e arquitetura alternativas, earth-ship (navio terrestre/construção com resíduos), arquitetura biológica e permacultura. É importante, no entanto, frisar que a Construção Sustentável não é um método exclusivo de engenheiros e construtores, assim como a arquitetura ecológica não é restrita aos arquitetos.

Na verdade, a Construção Sustentável reúne aspectos e disciplinas do conhecimento humano que deveriam ser considerados e aplicados antes mesmo de se projetar uma obra. A Construção Sustentável reúne conhecimentos de arquitetura, engenharia, paisagismo, saneamento, química, eletrônica, mas também de antropologia, medicina, sociologia, psicologia, filosofia e espiritualidade. Uma Casa Sustentável é um microcosmo, representando em pequena escala as relações entre o ser e o seu meio. Ela deve ser uma extensão do próprio planeta Terra. O morador ou usuário da edificação deve considerar seu imóvel como uma referência clara de seu bem-estar. Não se deve esquecer que mais de 2/3 do tempo de vida humana é passado dentro de algum tipo de construção. Seja trabalhando, dormindo, em lazer, em atividades religiosas etc.

Trabalhar para que um imóvel seja sustentável (e não ecológico, como erroneamente se fala) é de fundamental importância para a saúde do indivíduo e do planeta. A verdadeira Construção Sustentável o é não apenas porque não esgota os recursos empregados para sua edificação e uso, mas também porque sustenta aqueles que a habitam. Ela é base para suas realizações, segurança, alegria e felicidade. Essa visão deveria permear qualquer projeto ou idéia de construção sustentável ou habitação sustentável.

Tipos de Construção Sustentável
Os principais tipos de Construção Sustentável resumem-se, praticamente, a dois modelos: a) construções coordenadas por profissionais da área e com o uso de ecomateriais e tecnologias sustentáveis modernos, fabricados em escala, dentro das normas e padrões vigentes para o mercado; e b) sistemas de autoconstrução (que incluem diversas linhas e diretrizes), que podem ou não ser coordenados por profissionais (e por isso são chamados de autoconstrução). Incluem grande dose de criatividade, vontade pessoal do proprietário e responsável pela obra e o uso de soluções ecológicas pontuais (para cada caso).

- Construídas com materiais sustentáveis industriais - Construções edificadas com ecoprodutos fabricados industrialmente, adquiridos prontos, com tecnologia em escala, atendendo a normas, legislação e demanda do mercado. É a mais viável para áreas de grande concentração urbana, porque se inserem dentro do modelo sócio-econômico vigente e porque o consumidor/cliente tem garantias claras, desde o início, do tipo de obra que estará recebendo. Raras vezes quem opta por este tipo de construção - clientes de médio e alto padrão- utiliza soluções artesanais ou caseiras.

- Construídas com resíduos não-reprocessados (Earthship), reuso de materiais de origem urbana, tais como garrafas PET, latas, cones de papel acartonado, etc. Comum em áreas urbanas ou em locais com despejo descontrolado de resíduos sólidos, principalmente onde a comunidade deve improvisar soluções para prover a si mesma a habitação. É também um modelo criativo de Autoconstrução, que ocorre muito nas periferias dos centros urbanos ou junto a profissionais com espírito criativo.

- Construídas com materiais de reuso (demolição ou segunda mão). Esse tipo de construção incorpora produtos convencionais e prolonga sua vida útil, e requer pesquisa de locais para compra de materiais, o que reduz seu alcance e reprodutibilidade. Este sistema construtivo emprega, em geral, materiais convencionais fora de mercado. É um híbrido entre os métodos de Autoconstrução e a construção com materiais fabricados em escala, sendo que estes não são sustentáveis em sua produção.

- Construção alternativa. Utiliza materiais convencionais, encontrados no mercado, conferindo-lhes funções diferentes das originais. É um dos modelos principais no seio das comunidades carentes. Exemplo: aquecedor solar que utiliza peças de forro de PVC como painel para aquecimento de água e caixa dágua comum como boiler. Sistema de Autoconstrução que se assemelha muito ao Earthship.

- Construções naturais. Faz uso de materiais naturais disponíveis no local da obra ou adjacências (terra, madeira, bambu, etc.), utilizando tecnologias sustentáveis de baixo custo e dispêndio energético. Exs.: tratamento de efluentes por plantas aquáticas, energia eólica por moinho de vento, bombeamento de água por carneiro hidráulico, blocos de adobe ou terra-palha, design solar passivo. Método construtivo adequado principalmente para áreas rurais ou quando se dispõe de áreas que permitam boa integração com elemento vegetal, nas quais haja pouca dependência das habitações vizinhas e dos fornecimentos (água, luz, esgoto) pelo Poder Público. Sistema que se insere nos princípios da Autoconstrução (caso da Permacultura).

* Márcio Augusto Araújo é consultor do IDHEA - Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica,idhea@idhea.com.br.

** Artigo originalmente publicado no site: www.idhea.com.br

Tijolo Ecologico

Tijolo Ecológico ou Tijolo Modular de Solo-Cimento


O TIJOLO ECOLÓGICO é muito mais do que um simples tijolo que preenche a estrutura de uma parede.

Com suas características físicas ele proporciona economia, estabilidade estrutural, harmonia e beleza campal, fazendo com que sua casa se torne um local gostoso, relaxante e seguro.

Por eliminar o desperdício de material típico de uma obra comum, além de minimizar o tempo e custo de mão-de-obra, o método do tijolo modular permite a realização do sonho de construir a casa própria rapidez e menor custo.

Com 3 formatos diferentes: tijolo inteiro, meio tijolo e canaleta; a casa pode ser construída formando uma cadeia de vetores que se fortalecem, fixando as portas, janelas e paredes, permitindo a inserção da rede elétrica, hidráulica, tv a cabo, telefone e interfone dentro de seus furos, agilizando ainda mais a construção.


CARACTERÍSTICAS

1. O tijolo ecológico é fabricado em prensa manual ou hidráulica, sofrendo pressão equivalente a 6 toneladas, que tornam sua forma regular, com faces lisas, permitindo um encaixe perfeito, facilitando o cálculo de unidades a ser empregada em cada parede e em toda a obra, sem haver necessidade de corte do tijolo.

2. Devido suas faces lisas e seu duplo encaixe, as paredes mantém um perfeito nivelamento e belo acabamento, oferecendo beleza estética a construção.

3. Sua arquitetura dispensa a utilização de pregos, arames, madeiras, além de evitar fortes na parede pronta para embutir a rede hidráulica, elétrica e outras.

4. Funciona com um sistema térmico e acústico, permitindo que o ar dentro dos furos ao ser aquecido pelo sol, sofra o deslocamento para cima, e ao esfriar retorne para baixo. diminuindo a umidade nas paredes.

5. Os encaixes foram desenvolvidos para ampliar a resistência da estrutura, além de facilitar a sua colocação e diminuir drasticamente o tempo de conclusão da obra.

6. Devido suas faces lisas e belas, não há necessidade de reboco e permite assentamento de azulejos e outros acabamentos, quando desejado.

7. O cimento é utilizado em pequena quantidade na construção com o tijolo modular, além das colunas e vigas serem realizadas facilmente utilizando os furos e as canaletas.

8. O Tijolo Ecológico Modular foi aprovado e regulamentado pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.

9. A construção com tijolo modular favorece uma obra limpa, com menor entulho e perda de material.

Fonte: www.paulorandow.com.br

7 BENEFÍCIOS DO TIJOLO ECOLÓGICO

POR QUE ECOLÓGICO?

Por não sofrer queima no seu processo produtivo, ao contrario dos tijolos convencionais, não agride o meio ambiente, seja, no desmatamento de árvores ou no lançamento de resíduos na atmosfera.
O tijolo de solo cimento modular serve para todos os padrões sociais.
Uma alternativa que une economia e ecologia para a solução do problema habitacional.

OS 7 PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DO TIJOLO ECOLÓGICO

1. ESTRUTURA - As colunas são embutidas em seus furos, distribuindo melhor a carga de peso sobre as paredes. CRIANDO UMA ESTRUTURA MUITO MAIS SEGURA!

2. INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS - Toda a tubulação é embutida em seus furos dispensando a quebra de paredes, como na alvenaria convencional. SEM DESPERCÍOS COM "QUEBRA-QUEBRA"!

3. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS - Como as instalações hidráulicas, também são embutidas nos furos, dispensando conduites e caixas de luz, podendo os interruptores e tomadas serem fixados, diretamente sobre os tijolos. A PRATICIDADE DESTE TIJOLO FARÁ SUA OBRA SER MUITO MAIS RÁPIDA!

4. ISOLAMENTO TÉRMICO (CALOR) - O furo dos tijolos, são importantes pois formam câmaras térmicas evitando com isso que o calor que esta do lado de fora penetre no interior da residência. Com isso a temperatura interna é inferior a externa. TEMPERATURA SEMPRE AQUECIDA NOS DIAS FRIOS!

5. ISOLAMENTO TÉRMICO (FRIO) - Com o Frio acontece ao contrario, pois a temperatura da casa fica mais quente do que a externa. UMA CASA BEM FRESCA NAQUELES DIAS DE CALOR INTENSO!

6. ISOLAMENTO ACÚSTICO - Como o tijolo modular possui dois furos, as paredes formam um isolamento acústico, diminuindo os ruídos provocados na rua para o interior da casa.

7. PROTEÇÃO DE UMIDADE - Esses furos também propiciam a evaporação do ar, evitando com isso, a formação de umidade nas paredes e interior da construção, que causa danos à saúde e danos materiais.

Detergentes biodegradaveis

Quando se utilizam sabões nos processos industriais ou domésticos de lavagem, eles vão para o sistema de esgotos e acabam nos lagos e rios. Porém, após certo tempo, os resíduos são degradados (decompostos) por microorganismos que existem na água. Diz-se, então, que os sabões são biodegradáveis e que não causam grandes alterações ao meio ambiente.

Os detergentes não-biodegradáveis, pelo contrário, acumulam-se nos rios, formando uma camada de espuma que impede a entrada de gás oxigênio na água e pode remover a camada oleosa que reveste as penas de algumas aves, impedindo que elas flutuem. O esquema a seguir representa estruturas dessas substâncias:



Na água existem microorganismos que produzem enzimas capazes de quebrar as moléculas de cadeias lineares. Essas enzimas, porém, não reconhecem as moléculas de cadeias ramificadas, fazendo com que esses detergentes permaneçam na água sem sofrer degradação (não-biodegradável).

Fonte: www.geocities.com/quimica_hp/deterg.htm

Normas plastico

Norma Técnica para embalagens biodegradáveis

A iniciativa é da Associação Brasileira de Normas Técnicas, em parceria com o Instituto Nacional do Plástico e já está valendo

Sempre de olho no mercado, algumas empresas alegam a sustentabilidade de seus produtos para seduzir os consumidores. No ano passado, foi a vez do segmento do plástico.

Devido ao perfil nada sustentável desse material - desde a fabricação até o destino final nos lixões, onde leva centenas de anos para se degradar -, várias campanhas contra seu uso foram realizadas. Como reação, novos tipos de polímeros foram lançados, como o polêmico oxi-biodegradável, que revelou ser tão agressivo quanto o derivado de petróleo.

Agora, além de ganhar a confiança da população com termos ecológicos, as empresas de embalagens plásticas que afirmam ser biodegradáveis deverão comprovar tal efeito em todos os produtos de sua fabricação.

A partir deste mês, o Brasil conta com uma norma técnica capaz de estabelecer um padrão para o setor. Intitulada "Embalagens Plásticas Degradáveis e/ou Renováveis", ela é uma iniciativa da Associação Brasileira de Normas Técnicas- ABNT em parceria com o Instituto Nacional do Plástico - INP e divide-se em duas partes. A primeira parte da norma define a terminologia, sendo que a segunda determina os requisitos mínimos para a comprovação de que um produto plástico seja de fato biodegradável.

Fonte: www.planetasustentavel.abril.com.br

Reciclaveis e Biodegradaveis

A causa ecológica, entendida como necessidade de preservar a saúde do Planeta, gradualmente vem levando ao banimento e à discriminação de produtos que, para sua fabricação, foi imposto um ônus aos recursos naturais e também, de produtos geradores de resíduos que não forem recicláveis ou que não possuam características que permitam sua autodestruição, sem impacto no meio ambiente.

A premissa acima engloba duas classes de materiais: os primeiros, pode-se dizer, são aqueles para uso direto (ou aplicação) e os segundos são conseqüências ou acessórios. Dentre os muitos exemplos, no primeiro caso, podemos citar os estrados de madeira ("pallets") e os dormentes ferroviários, também de madeira, aos quais nos referiremos adiante. No segundo caso, um exemplo seria as embalagens.

Analisemos, para começar, o segundo caso, falando de embalagens, do que são constituídas e como podem causar danos ao meio ambiente.

Comecemos pelo papel. Sua fabricação implica em serevos danos à Natureza e que, evidentemente, já vêm sendo paulatinamente amenizados. A fabricação do papel depende do corte de árvores e de processo industrial altamente agressivo aos corpos d'água. O replantio ordenado, a reciclagem de papéis usados e técnicas de tratamento de efluentes industriais, estão sendo cada vez mais postos em prática com sucesso, demonstrando que a tecnologia pôde e pode contornar o ônus ambiental na fabricação do papel. O papel é, por natureza, biodegradável.

Passemos ao plástico, onde a situação começa a se complicar um pouco porque, no geral, não se poderá fabricar o mesmo produto com a reciclagem, como por exemplo, uma garrafa não poderá se tornar outra garrafa e o fruto da reciclagem, ao término de seu novo uso, fatalmente será um transtorno em matéria de não biodegradabilidade.

Falemos do vidro. Esse produto se presta a reciclagem de forma fantástica e até com lucro, haja vista que, na fabricação do vidro novo, segundo Dimas Nazari, da Cisper, a matéria prima tem uma perda de cerca de 20%, enquanto que, na reciclagem, o aproveitamento é de 100%, representando aí uma redução de custos de energia, indiretamente importante para o Meio Ambiente. O vidro não é biodegradável.

Quanto às embalagens metálicas, em especial as de aço e de alumínio, têm-se que, tanto uma quanto a outra, são facilmente recicláveis e podem retornar às características originais para a fabricação de outras embalagens. Aço e alumínio não são biodegradáveis, mas podem ser reciclados indefinidamente.

Recentemente, surgiu no mercado brasileiro uma embalagem simpática e popularmente denominada "caixinha". Ela é um misto de polietileno, papel e alumínio; montou-se todo um "marketing" em cima da assepsia proporcionada e facilidades no transporte. Tal embalagem já pode ser vista abundantemente nos supermercados; não é biodegradável e até agora não se presta à reciclagem. Isso indica que, ao virar lixo, ela será para sempre lixo e ainda concorrerá para atrapalhar a decomposição natural dos materiais orgânicos que compõem o lixo.

Analisando, agora, aquela classe de produtos de aplicação direta, cuja fabricação implica em ônus para os recursos naturais, dois, entre muitos deles, pela grandeza de consumo, não podem deixar se ser considerados: os "pallets" (estrados para transporte) e os dormentes ferroviários, ambos de madeira.

No caso dos "pallets", estudo de pesquisador independente nacional, Engo João Tarciso de Morais e dados da Revista Superhiper da Associação Brasileira de Supermercados (Julho-1990), indicam que o consumo mundial de madeira para fabricação desse produto alcança a fantástica cifra anual de 200 milhões de metros cúbicos ou seja, na correspondência a 40 milhões de árvores que, pelo seu porte e tipo, implicam num desmatamento de 400 mil hectares. Evidentemente é que, mais dia menos dia, o mundo estará despertando para substituir a madeira nesse uso. Temos notícias que há projetos para fabricar esses estrados em aço, via chapas finas e que, apesar de um custo inicial mais alto, esses estrados competem com os de madeira no peso equivalente e darão taxas de retorno atraente pela durabilidade bem maior. No que se refere à reciclabilidade (do aço), essa, estará garantida. Outros suscedâneos estão sendo pesquisados para esse produto, como a fibra de vidro, sendo que, nesse caso, a reciclabilidade é duvidosa e com isso, o descarte poderá se constituir em ônus extra para o Meio Ambiente.

Finalmente, um outro grande desvastador de florestas é o dormente ferroviário de madeira que também pode ser substituído pelo fabricado em aço, porém com tecnologia especializada para tal no que se refere à colocação e ao isolamento elétrico da sinalização de ferrovias. O Primeiro Mundo já o emprega largamente. Dados que temos à mão indicam que os dormentes de madeira representam um consumo anual de madeira, a nível nacional, da ordem de 900 mil metros cúbicos, o que significa um abate de 186 mil árvores.

Como conclusão, a certeza é que, o Primeiro Mundo caminha para as soluções não degradantes da Natureza e nós, no Terceiro Mundo, não poderemos, pelo menos nesses casos, ficar a reboque, mantendo ou aceitando tecnologias ultrapassadas; temos, isso sim, que seguir caminhos paralelos.

Fonte: www.gpca.com.br

Os plasticos Biodegradaveis

O lixo é um problema com um impacto social e ambiental muito negativo. Há quem considere que um meio de lidar com este problema é utilizar o plástico biodegradável, como uma solução amiga do ambiente para certas coisas, como os sacos de plástico. À primeira vista pode parecer aceitável, mas será realmente melhor para o ambiente?


O lixo é fundamentalmente um problema de comportamentos irresponsáveis, e que deve ser tratado mais pela mudança de atitudes das pessoas do que pela alteração dos produtos que são deitados fora. A criação de produtos biodegradáveis pode de facto piorar o problema do lixo, porque leva as pessoas a pensar que é correcto deitar fora recursos com valor como o plástico. Por exemplo, um saco de plástico biodegradável, que se deita fora para a valeta, leva anos a desaparecer e, no entanto, há quem pense que dura apenas alguns dias. Até mesmo uma casca de banana, quando deitada fora, necessita de 1 a 3 anos e é biodegradável!

Acrescenta-se ainda, que o plástico biodegradável requer condições específicas para poder degradar-se correctamente (micro organismos, temperatura, e humidade) e, se não houver um grande cuidado em manejá-lo, pode tornar-se para o ambiente pior do que o plástico convencional. Quando o plástico biodegradável é lançado numa lixeira, o que em todo o caso deve ser sempre evitado, produz gases com efeito de estufa ao degradar-se.

O que significa plástico biodegradável? É plástico que pode ser degradado por micro-organismos (bactérias ou fungos) na água, dióxido de carbono (CO2) e algum material biológico. É importante reconhecer que o plástico biodegradável não é necessariamente produzido por material biológico, ou seja, por plantas. Vários plásticos biodegradáveis são igualmente produzidos a partir do petróleo como os convencionais.

Então para que é que o plástico biodegradável é bom? Por princípio o plástico tem valor pela sua capacidade de criar produtos resistentes e duráveis (por exemplo na embalagem de produtos alimentares, no transporte e construção civil). A biodegradabilidade deve, pois, ser encarada como uma funcionalidade adicional, quando a sua aplicação exige uma forma barata de destruição do produto, depois de ter cumprido a sua função (por exemplo para embalagem e protecção de alimentos e para os manter frescos).
Exemplos de produtos biodegradáveis úteis são:

* Embalagem de alimentos – embalagem que pode ser decomposta conjuntamente com o seu conteúdo, quando o produto termina a data de validade ou se deteriora
* Agricultura – lâminas de plástico que podem ser misturadas na terra com o composto e as sementes
* Medicina – suturas absorvíveis; pequenos dispositivos contendo medicamentos, que se desfazem no interior do corpo

A capacidade de ser biodegradável é uma propriedade material que depende muito das circunstâncias do ambiente biológico (o corpo humano é diferente do solo). Considerando isto, poder-se-ia dizer que fazer um produto, como um saco de plástico compostável, não faz muito sentido porque esta capacidade de se biodegradar não resolve a questão do lixo (condições diferentes no compostor e no solo).

Para concluir, é errado centrar a atenção em descobrir formas para, em nome da protecção do ambiente, ser mais fácil deitar fora. O plástico biodegradável é um material útil e interessante, mas só deve ser utilizado quando oferecer vantagens para um determinado produto. A melhor maneira de salvar o planeta é poupar energia e desenvolver meios de reciclar e recuperar todo o plástico.

Fonte: www.futurenergia.org

O que sao plasticos biodegradaveis

Literalmente, ou decompondo a palavra em seus dois elementos, biodegradabilidade quer dizer a capacidade de um material ser degradado sob a ação de elementos vivos.


A "degradação" (passagem de um estado de referência a um estado degradado) é uma modificação estrutural do material caracterizado por uma diminuição de suas qualidades e desempenho .

Na realidade, além dos elementos vivos, é necessário levar em consideração o biótopo do conjunto (orgânico, mineral e climático) necessário para que a biodegradação ocorra.

Biótopo é o meio complexo onde ocorrem as reações. Nele, devem ser considerados todos os parâmetros físicos (temperatura, pressão, ação mecânica dos ventos, chuva e neve, de alagamentos, ação da luz, ...), a composição química da água, do ar e do solo, além dos parâmetros biológicos (ação dos animais, vegetais e microorganismos).

Todos os parâmetros são interdependentes. Por exemplo, os microrgamismos não podem estar ativos a não ser em condições físicas, químicas e biológicas bem particulares.

A degradação também pode resultar da ação de parâmetros unicamente físicos (deformação, ruptura e modificação da estrutura cristalina sob a ação de pressões mecânicas ou da temperatura).

Ela pode ainda resultar de uma reação química (modificação grande ou parcial da composição molecular sob a ação de agentes químicos ou minerais provenientes de organismos vivos).

De forma mais complexa, ela pode ser resultado da combinação de todos esses parâmetros como, por exemplo, a degradação química resultante da ação física da luz.

A biodegradação não é, portanto, resultado de uma simples ação de microorganismos, porque as condições nas quais eles atuam estão relacionadas com todas as características do meio.

Se considerarmos a problemática da eliminação dos resíduos sólidos, a simples perda das propriedades de um material, sem redução de sua massa, não possui grande interesse. A perda de massa deve ser quase total.

A Fotodegradação
Nesse fenômeno, o fator determinante da degradação é a ação da luz e, mais particularmente, dos raios ultravioleta.

Todos os polímeros são sensíveis à luz em graus diferentes. Por esta razão, eles possuem aditivos para retardar esse efeito. Da mesma forma, eles podem conter aceleradores de fotodegradação que entram em ação assim que os retardadores sejam consumidos.

As aplicações mais conhecidas são os filmes agrícolas fotodegradáveis para recobrimento do terreno em culturas rasteiras. O problema, nesses casos, é que somente a parte exposta à luz se degrada, ou seja, a parte enterrada fica intacta ou fracionada em pedaços, tornando difícil sua extração ao final da colheita. Por outro lado, isso acaba sendo somente uma fotofragmentação onde as macromoléculas não foram transformadas, mas sim cortadas pela fragilização dos aditivos.

O resultado é um pó do plástico que estará presente em quantidade quase idêntica à massa de filme utilizada e essa se mistura ao solo cultivado ano após ano. Não há inconveniente para o meio ambiente pois esse processo de eliminação é assimilado, no entanto, não há qualquer vantagem ambiental.

A Quimiodegradação
Somente esse modo de degradação é susceptível de modificar a estrutura física do material e de transformá-la em substâncias assimiláveis pelo meio natural. A maior parte do tempo, ele consiste em uma oxidação, uma digestão ou uma hidrólise, mais ou menos complexa.
A depolimerização de uma poliamida (PA) ou de um polimetacrilato de metila (PMMA) conduz à transformação completa do polímero, seguindo uma reação química inversa à sua polimerização, em produtos que lembram os monômeros que os originaram, os quais poderiam vir a servir novamente à síntese do mesmo material.

Esse é um dos processos de "reciclagem química" ou de "valorização das matérias-primas".

A biodegradação é uma das variedades da quimiodegradação. Os compostos quimicamente ativos (as enzimas, na maior parte do tempo) são, nesse caso, produzidos por parte dos microrganismos.

Para os polímeros contendo partes biodegradáveis inseridas em suas cadeias macromoleculares, a reação pode ser apenas parcial. Obtemos, então, uma biofragmentação onde o resultado é similar àquele obtido na fotofragmentação.

A quimiodegradação também pode ser completa. Isso se passa, em geral, nos polímeros hidrolisáveis e que se decompõem, seja em CO2 e água (na presença de Oxigênio), seja em Metano (em meio anaeróbico). Os polímeros melhor adaptados a uma biodegradação completa são os polímeros naturais (celulose, amido, borracha natural, gelatinas) e os polímeros sintéticos que possuam estruturas próximas à essas.

Os polímeros sintéticos "ditos" biodegradáveis

Os polímeros não aromáticos
Eles contém, em sua cadeia molecular, grupos químicos hidrolisáveis. Eles são, então, biofragmentáveis. Mas, salvo aqueles com cadeia molecular curta, as pequenas cadeias obtidas são diferentemente bioassimiláveis. As dificuldades e o tempo de fragmentação são dependentes da formulação.

Os polímeros aditivados com polímeros naturais
A incorporação de um amido de milho altamente disperso em um polímero, servirá, essencialmente, para responder às preocupações de "eco-marketing" porque, apesar dos efeitos anunciados, a eficácia é praticamente nula. Somente uma pequena parte das partículas de amido estarão acessíveis à biodegradação. A maior parte do amido estará preso dentro da massa polimérica.

Os polímeros "enxertados" com polímeros naturais
Eles contém, em proporções diversas, enxertos de amido na cadeia polimérica (em geral do tipo éster em cadeias curtas).
Os ensaios de degradação se revelaram verdadeiramente decepcionantes. Os mais degradáveis apresentaram propriedades (permeabilidade, estabilidade à água) muito distantes daqueles outros materiais plásticos e muito mais próximos das do papel.

Os polímeros de síntese intrinsicamente biodegradáveis

Eles apresentam, em intervalos muito curtos, os grupamentos hidrolisáveis do tipo éster:

Poliglicóis e Polilactídeos Família dos produtos bioassimiláveis pelo organismo, utilizados na fabricação de fios cirúrgicos;

Policaprolactonas Degradabilidade total mais lenta (mais de um ano);

Poli hidróxido butirato Síntese bioquímica dos copolímeros;

Poli hidróxido valerato Degradação aeróbica rápida, anaeróbica mais lenta.

Podemos, então, agrupar os polímeros biodegradáveis em duas categorias:

Os verdadeiramente biodegradáveis
Quase exclusivamente representados por polímeros naturais como a borracha natural, papel, papelão e a madeira. Se trata, no entanto, de polímeros com mercados de aplicação muito especializados.

As propriedades dos polímeros sintéticos biodegradáveis estão, geralmente, muito próximas da celulose, ou seja, que atende a um mercado muito distante dos materiais plásticos, e mais próximos das aplicações voltadas ao papel e papelão.

Em razão de seu preço mais elevado, eles não podem ser escolhidos, a não ser em casos muito particulares onde possam trazer características importantes e determinantes (pureza, rigidez, elasticidade, transparência, bioassimilabilidade,...) e que excede às obtidas com o uso do papel ou papelão.

Por outro lado, as dezenas de milhões de toneladas de materiais plásticos consumidos a cada ano em todo o mundo servem justamente a aplicações nas quais são impostas características essenciais de segurança que tornam muito difícil o uso dos biodegradáveis (proteção de alimentos, construção, transportes, etc.).

É, portanto, totalmente ilusório imaginar que os biodegradáveis podem vir a substituir os materiais plásticos não degradáveis na totalidade de suas aplicações.

Conseqüentemente, os mercados tecnicamente acessíveis aos biodegradáveis serão aqueles ligados ao papel, papelão e madeira e, mesmo assim, onde tenham um preço competitivo.
Os falsos biodegradáveis

Parcialmente degradáveis ou fragmentáveis, eles não apresentam, a não ser em raras exceções, função outra que não seja a exploração publicitária pseudo-ecológica.
O cúmulo da exploração abusiva das pretendidas qualidades ecológicas se encontra em certas aplicações dos polímeros hidrosolúveis.

Fora de seus usos específicos, é injustificada sua aplicação. Algumas vezes, eles são apresentados como tendo a propriedade de "desaparecer" na água sendo, assim, qualificados como biodegradáveis. É, portanto, uma qualificação imprópria. Esses produtos não são biodegradáveis, mas simplesmente solúveis.

Esses produtos não são biodegradáveis, mas simplesmente solúveis.

Eles não desaparecem, eles somente são colocados em solução na água e, mesmo esses produtos dissolvidos, são pouco ou nada biodegradáveis. Na realidade, a dissolução somente aumenta os teores de DQO - demanda química de oxigênio e DBO - demanda bioquímica de oxigênio, parâmetros essenciais na medição da poluição das águas.

A biodegradação como desperdício de um material nobre

A biodegradação não permite valorizar o material ao final de sua vida, a não ser uma fração muito pequena dos recursos utilizados.
A digestão anaeróbica permitiria recuperar um pouco do metano, isso se coletado, mas os plásticos biodegradáveis reagem em meio aeróbico onde não há a formação de metano.

Os processos de reutilização do plástico normal são incontestavelmente mais ecológicos que os da biodegradação.

Já o composto obtido após a biodegradação teria uma qualidade muito ruim como fertilizante em razão da ausência dos oligo-elementos e dos compostos de azoto que encontramos normalmente nas biomassas.

Já os materiais plásticos normais possuem múltiplos modos de valorização: reuso, reutilização, reciclagens mecânica, química e valorização energética. A re-introdução dos resíduos plásticos no ciclo de fabricação de um produto ou de uma energia permite obter redução dos recursos naturais não renováveis muito superior a qualquer coleta de metano proveniente da degradação dos biodegradáveis. Mesmo levando em consideração os conceitos do Desenvolvimento Sustentável, os processos de reutilização do plástico normal são incontestavelmente mais ecológicos que os da biodegradação.

A possibilidade do "mau exemplo" incentivando a poluição

Os conceitos de biodegradabilidade e a propaganda enganosa, caso não explicados de forma correta, podem sugerir ao consumidor que ele pode abandonar os resíduos plásticos na natureza, uma vez que eles seriam reintegrados ao meio ambiente, da mesma forma que fazemos com as cascas de laranja. Em vez de reduzir o problema ambiental, ocorreria o contrário. É portanto, fundamental, mostrar que, mais ecológico seria o tratamento correto do plástico tradicional, uma vez que ele é estável e não polui o ar, a água nem o solo.

Degradabilidade = Poluição
A compostagem aeróbica dos plásticos degradáveis produz o gás carbônico, responsável pelo efeito estufa. O balanço desses gases não pode ser considerado nulo.

Por outro lado, todo polímero deve conter aditivos complexos para que possam ser transformados. Quais são os produtos dessa degradação ? São eles nocivos ou bio-acumuláveis ? Estas respostas são importantes pois a degradação dos materiais pode gerar efeitos negativos, diferentemente da degradação dos vegetais, por exemplo.

Biodegradáveis: o que fazer ?
Nas aplicações onde estão acessíveis as características de degradabilidade, os materiais naturais satisfazem perfeitamente os requisitos necessários. Nos outros casos, há a necessidade de substituí-los pelos materiais sintéticos. Em razão de sua biodegradabilidade, os materiais naturais (papel, papelão, madeira e borracha) não podem satisfazer a todos os usos. É por esse motivo que é indispensável manter a disponibilidade de materiais não degradáveis.

O problema ambiental deve ser resolvido através da disposição correta desses materiais e coleta seletiva para seu posterior reaproveitamento material ou energético.

Ratificando o exposto, há aplicações específicas onde o uso de materiais biodegradáveis é justificada e necessária, caso dos fios cirúrgicos, por exemplo. Fora dessas aplicações, o uso dos materiais sintéticos vem trazendo enormes benefícios à sociedade há centenas de anos. O problema ambiental deve ser resolvido através da disposição correta desses materiais e coleta seletiva para seu posterior reaproveitamento material ou energético.

Fonte: www.plastivida.org.br

Plasticos biodegradaveis

Sem petróleo na composição, os bioplásticos levam apenas algumas semanas para se degradar e já são comuns em embalagens.


Impulsionadas pelos preços do petróleo e pela crescente consciência ecológica, as
pesquisas com plásticos obtidos de matérias-primas vegetais ganham espaço. Além de dispensar o petróleo, o bioplástico se degrada rapidamente, explica João Carlos de Godoy, diretor de tecnologia e inovação da Biomater, empresa de materiais biodegradáveis.

Enquanto o produto tradicional demora até 500 anos para desaparecer na natureza, o bioplástico leva 18 semanas. Desenvolvido em parceria com a Unicamp, a Universidade Federal de São Carlos e a USP de São Carlos, o bioplástico pode ser manipulado no mesmo maquinário que a versão convencional, o que facilita a adoção pela indústria. Estamos pesquisando usos na construção civil em aplicações como telas de proteção de fachada, diz João Carlos.

Atualmente, as empresas do setor estudam sistemas de certificação e rastreabilidade (para identificar os responsáveis caso o produto não se biodegrade no tempo prometido), além de um logotipo que identifique o bioplástico para facilitar sua separação nas recicladoras. Mas o maior empecilho ainda é o preço entre o dobro e o triplo do plástico de petróleo.

DE ONDE VEIO
Pesquisas com plásticos feitos de milho existem desde a década de 30, mas apenas nos últimos anos os laboratórios obtiveram produtos com a resistência e a facilidade de manipulação exigidas pela indústria.

PARA ONDE VAI
O plástico compostável substitui o tradicional em quase todas as aplicações,
como canaletas, tubulações, espelhos de tomadas e interruptores, explica João
Carlos. Leis ambientais e o alto preço do petróleo tendem a popularizar o uso.

Fonte: www.planetasustentavel.abril.uol.com.br

20 Dicas para preservar o meio ambiente

Dicas de preservação

Semana passada foi a Semana do meio ambiente, e parece que ninguém colocou em pauta, então resolvi colocar algumas dicas para nós fazermos, passarmos a diante e conseguimos assim com que o nosso planeta continue lindo!!!


1. Não corte, nem pode árvores sem autorização. Poda drástica é PROIBIDA!!

2. Preserve a vegetação nativa. Não desmate! Não coloque fogo!

3. Não altere cursos d’água ou banhados, eles são protegidos por lei. Poços artesianos somente com autorização.

4. Não crie peixes sem licença. Nunca solte peixes nos rios, mesmo quando estiver bem intencionado.

5. Respeite os períodos de proibição da pesca.

6. Não compre, nem tenha animais silvestre em casa.

7. Não maltrate animais silvestres ou domésticos.

8. Separe o lixo em casa e no trabalho, e coloque na rua no dia da coleta seletiva em seu bairro.

9. Não jogue lixo no chão. Carregue-o até a lixeira mais próxima. Ensine às crianças dando exemplo.

10. Recicle ou reaprove tudo o que puder.

11. Reduza o consumo, especialmente do que não puder ser reaproveitando ou reciclado.

12. Mantenha seu veículo regulado e ande mais a pé.

13. Não contribua com a poluição sonora e/ou visual.

14. Use menos veneno em sua lavoura ou horta.

15. Não jogue óleos lubrificantes na sua rede de esgoto.

16. Não desperdice água. esse é um dos recusros mais importantes e frágeis do planeta: feche torneiras, conserte vazamentos, não use mangueiras para para lavar calçadas, aproveite água de chuva.

17. Não desperdice energia elétrica: desligue aparelhos, verifique sobrecargas, apague as luzes.

18. Ensine às crianças amor e respeito pela natureza.

19. Cuide da higiene e da sua saúde!

20. Evite jogar materiais não degradáveis (plásticos ou outros) no ambiente.

Vamos fazer a nossa parte!!!!

Fonte: www.jornalistadiplomado.wordpress.com

10 dicas para cuidar do planeta

É possível melhorar o ambiente mudando hábitos do cotidiano. Se você seguir o roteiro abaixo, também pode colaborar.


Terra começa a cobrar a conta pelo uso que fazemos dela. E a dívida deve ser paga por todos nós. Governos têm um papel fundamen­tal na elaboração de políticas públicas ecologicamente corretas, mas o cidadão comum - você - também pode ajudar a melhorar a qualidade de vida no planeta. Existem práticas que, adotadas por uma quantidade significativa de pessoas, podem amortizar nossas dívidas am­bientais. "Quando você faz sua parte, torna-se um agente transformador e pára de colaborar com a destruição", diz Marcelo Furtado, diretor de campanhas do

Greenpeace. "Uma pessoa sozinha não vai salvar o planeta. Mas quem age com responsabilidade, e passa essa postura para filhos e amigos, começa a fazer parte da solução." Algumas mudanças exigem atenção, como a separação correta do lixo reciclável. Outras pedem investimento financeiro, como a instalação de um sistema de energia solar em casa. Mas a maioria das atitudes sugeridas abaixo não exige grande sacrifício. A prova disso está no depoimento de quem aderiu aos novos hábitos. Ao longo desta reportagem, há quatro exemplos de gente que mudou a rotina em nome do meio ambiente.

ÉPOCA ouviu especialistas e entidades da área - como o Instituto Polis, o Greenpeace e o Mirústério do Meio Ambiente - e preparou uma relação de 15 posturas pessoais que ajudam a poupar a Terra. Não dá para fazer tudo? O importante é começar.

1. ECONOMIZE ÁGUA
Não deixe a torneira aberta mais tempo que o necessário e conserte vazamentos rapidamente. Uma úni­ca torneira pingando pouco mais de uma gota por segundo pode desper­diçar, em um dia, 46 litros de água. Troque a descarga do vaso sanitário por um modelo de 6 litros ou, melhor ainda, pela de botão duplo, um para líquido e outro para sólido. Ambas estão disponíveis no mercado. O cus­to da troca é compensado pela eco­nomia de água, já que as descargas convencionais gastam, em média, 13 litros a cada uso. Outra alternativa é colocar, dentro da caixa de descarga, duas garrafas plásticas de refrige­rante de 2 litros com areia dentro. A medida diminui em 4 litros o con­sumo de água a cada uso. Construa cisternas para armazenar a água da chuva. Depois, use-a para molhar as plantas e lavar o quintal. A água do último enxágüe da máquina de lavar roupa também pode ser usada para regar as plantas - os resíduos de sabão funcionam como adubo. Se tiver piscina em casa, mantenha-a coberta. Em regiões quentes, a eva­poração pelo calor pode causar per­da de até 3 centímetros de água em uma semana. Em uma piscina de 50 metros quadrados de superfície, isso equivale a 1.500 litros por semana.

2 PREFIRA PRODUTOS BIODEGRADÁVEIS
Varios produtos de limpeza e higiene contêm substâncias químicas tóxi­cas. Algumas demoram a se degra­dar no meio ambiente. Substituaprodutos de limpeza à base de cloro por vinagre (para desengordurar) e bicarbonato de sódio (para limpar pias e vasos sanitários). Xampus e detergentes para louça costumam conter fosfato, nutriente que provo­ca crescimento acelerado de algas em rios e lagos. As algas consomem o oxigênio da água e causam mor­tandade de peixes

3. PROCURE ALIMENTOS ORGÂNICOS
O consumo de produtos orgânicos beneficia, em primeiro lugar, a saúde. Esses alimentos não têm antibióticos, pesticidas ou me­tais pesados. Os orgânicos promovem também a melhoria ambiental, pois são produzidos sem o acréscimo de aditivos químicos ou pesticidas ao solo. Eles tam­bém respeitam as diferentes épocas de safra - ao contrário das grandes monocul­turas, cultivadas o ano inteiro à custa de agrotóxicos e prejuízo à biodiversidade. A dieta das sociedades modernas limita-se a cerca de cem espécies (com predominân­cia de trigo, arroz, milho e batata). Essa falta de diversidade incentiva a monocul­tura e o desmatamento. Mas existem 75 mil espécies que podem ser incluídas no cardápio. Prefira produtos nativos, pro­duzidos na região onde você mora. Se os orgânicos forem caros demais, inclua pelo menos alguns produtos sem agrotóxico nas compras. É uma maneira de incenti­var a produção e, no longo prazo, tornar os orgânicos mais baratos.


4. CONSUMA MENOS CARNE
A pecuária bovina é a maior responsável pelo desmatamento no Brasil. Além disso, a produção de suínos e aves consome grande parte da produção de grãos, o que pressiona as florestas. A suinocultura também é responsável pela contaminação de rios, lagos e represas. Um porco produz dejetos equivalentes aos de oito seres humanos. Boa parte dos peixes e produtos marinhos é capturada por meio de técnicas predatórias, como arrastão, e 30% do que vem na rede é jogado fora depois

5. NÃO CRIE ANIMAIS. SILVESTRES
Ter espécie nativa é,em primeiro lugar, cri­me previsto em lei. Contribui para a extinção daquela espécie na natureza. Antes de chegar às lojas e feiras, os animais silvestres quase sempre são maltratados. Segundo a ONG Renc­tas, a Rede Nacional Contra o Tráfico de Animais Silvestres, 38 milhões deexemplares nativos são retirados da natureza por ano no Brasil. Só um em cada dez é vendido. Os outros morrem no caminho. Se a vontade de possuir um animal silvestre for incontrolável, procure um de origem legal, prove­niente de criadouro comercial regis­trado no Ibama. Isso vale, inclusive, para peixes ornamentais. Quase tão grave quanto manter um animal sil­vestre é soltá-lo de volta à natureza sem o acompanhamento de especia­listas. Se não morrer, o animal pode interferir em uma cadeia alimentar estável, causando danos à biodiver­sidade. Um exemplo são os iguanas que foram soltos na Serra do Mar (Estado de São Paulo) e hoje compe­tem com os predadores nativos. Não compre plantas nativas como orquíde­as, bromélias, xaxins e palmitos sem certificado de origem. São espécies ameaçadas de extinção e só podem ser vendidas se forem cultivadas com essa finalidade.

6. CULTIVE ÁREAS VERDES
Cultive gramados e jardins mantendo pa­ vimentado apenas o que for indispensável. A infiltração no solo verde faz a água chegar mais lentamente a rios, córregos e repre­sas, e isso reduz as enchentes. Se o jardim não for suspenso e estiver em contato direto com o solo, ele ajuda também a captar água para o lençol freático. Caso a impermeabilização por pavimento concreto seja inevi­tável, ela pode ser minimizada com a construção de .. minipiscinões", ou reservatórios que armazenam água e a liberam aos poucos. A água pode ser usada também no jardim e na limpe­za. A falta de áreas verdes é uma dasmaiores responsáveis pelas ilhas de calor nas cidades. No município de São Paulo, a diferença de tempera­tura entre as áreas rurais e as menos arborizadas chega a 10 graus Celsius. Estudos associam as ilhas de calor à maior intensidade das chuvas: a pre­cipitação fica concentrada e forte, e isso favorece as enchentes. Além de oferecer conforto térmico, a vegetação urbana valoriza os imóveis e atrai a fauna, sobretudo pássaros. As árvores nativas servem de alimento e abrigo para os animais da região.

7. DIMINUA O USO DE EMBALAGENS
Racionaliza o uso de sacolas plásticas em lojas e supermercados. Não leve três sacolas se uma for suficiente. Melhor ainda é ir às compras le­vando uma sacola de casa. Outra opção é pedir caixas de papelão, material mais ecológico. Preste atenção à composição das embala­gens. O aperfeiçoamento das téc­nicas de conservação de produtos fez com que novos materiais, como papéis plastificados, ficassem mais populares e eficientes. Mas essas misturas de material dificultam tanto a degradação natural como a reciclagem. Comprar produtos a granel é outra maneira de diminuir o consumo de embalagens. Se hou­ver a opção, escolha a embalagem mais fácil de reciclar. Em ordem de preferência: papel e papelão, vidro, lata e, por último, plástico.

8. LEIA OS RÓTULOS COM ATENÇÃO
Além de listar os ingre­dientes e a data de validade, o rótulo traz a procedência. Quanto mais distan­te for o local de origem do produto, mais transporte, mais combustível e mais em­balagens foram necessários. Veja se ele tem certificação de qualidade, como a do Inrnetro. Produtos de origem florestal devem ter selo do Ibama ou do Conselho de Manejo florestal (braço brasileiro da organização americana Forest Stewar­dship Council, ou FSC). Produtos agrí­colas devem ser certificados pela Rede de Agricultura Sustentável (RAS). Os rótulos devem avisar se o produto e a embalagem são recicláveis ou se já são reciclados. Essa informação tem de estar clara, para que o conswnidor não com­pre o produto achando que é reciclável, quando isso vale só para a embalagem.

9. EVITE PRODUTOS DESCARTÁVEIS
Imagine a quantidade de plástico consumida por uma pessoa que toma dois cafés e dois copos de água por dia em copos descartaveis. Em um ano, são 1.460 copos. Man­tenha uma caneca no escritório para uso individual. Cada mulher usa, ao longo da vida, cerca de 10 mil absorventes descar­táveis. Apenas nos Estados Unidos são jogados fora 12 bilhões de absorventes e 7 bilhões de tampões por ano. Já existem no mercado opções recicláveis.

10. ECONOMIZE ENERGIA
Além de consu­mir 75% menos energia, elas duram de seis a dez vezes mais que as incandescentes. Cuidado, no entan­to, na hora do manuseio e descarte: algumas lâmpadas fluorescentes con­têm metais pesados, sobretudo o mer­cúrio metálico. Prefira as nacionais às chinesas, que não seguem as mesmas restrições a esse respeito. Use melhor a luz do sol, abrindo janelas, cortinas e persianas. Pinte as paredes internas com cores claras, que refletem a luz. O mais importante é manter o teto branco. Apague as lâmpadas de ambientes de­socupados. Use iluminação dirigida (de spots) para leitura e trabalhos manuais. Desligue da tomada equipamentos elétricos que não estiverem em uso, como TV, aparelho de som, forno de microondas. Mais de 60% das ha­bitações brasileiras usam o chuveiro elétrico. Considere a possibilidade de trocar por gás. Se puder, instale ener­gia solar. Os preços podem chegar a R$ 8 mil para a casa de uma família com seis pessoas, incluindo coletores, equi­pamentos hidráulicos e mão-de-obra. Mas a energia solar oferece economia de até 35% no consumo elétrico e qua­se não exige manutenção. Com isso, o investimento pode ser recuperado em poucos anos.

Fonte: www.sybygyn.xanga.com

Cuide da natureza

NA NATUREZA

Integre-se ao ecossistema local
No sítio ou na propriedade rural, evite desmatamentos e queimadas. Preserve matas ciliares (que beiram fontes d'água), elas têm um papel muito importante na manutenção da biodiversidade. Plante sementes nativas. Mantenha ou reconstrua o ecossistema local e posicione-se como parte dele.

Plante árvores
O jargão continua valendo: plante uma árvore. Some a ele a oposição à derrubada das que existem ao seu redor, seja no seu quintal ou na calçada do seu prédio.


NO MAR


Troque motor por vento
Nas diversões de verão, toque o jet sky e o passeio de lancha por um passeio de jangada, de caiaque, e Wind surf, de kitesurf. A dica é trocar o óleo, que ameaça a biodiversidade marinha, por vento.

Não deixe lixo praia
Uma sacola de plástico ou uma lata de refrigerante leva mais de cem anos para se decompor no fundo do mar. Uma garrafa de vidro, um milhão de anos. Desconhece-se o tempo necessário para que uma bóia de borracha se decomponha. Mais do que as florestas, o ar vem do mar. As maiores fontes de oxigênio e outros componentes importantes para o ar do planeta são os oceanos.

No trajeito do trabalho

NOS DESLOCAMENTOS

Caminhe e pedale
Nos horários de congestionamento, dependendo da distância a ser percorrida, chega-se mais rápido a pé do que de carro. A bicicleta é uma alternativa de transporte veloz e que não polui. Além disso, as duas alternativas de deslocamento fazem bem à saúde.

Compartilhe caronas
A queima de combustível fóssil é uma das principais causas do aquecimento global. Descubra quem vive na sua região, dê e pegue caronas. Evite andar sozinho de carro, é injusto quando se considera o impacto do seu "conforto" para o planeta.

Use transportes coletivos
Em São Paulo, os deslocamentos de metrô ou via corredores de ônibus podem ser mais velozes do que em carros particulares. Deixe o carro na garagem e use a rede de transporte coletivo da sua cidade. Além de economizar combustível e estacionamento, você ainda estará pressionando governos a aperfeiçoarem essa alternativa.


NA RUA

Veja onde joga o lixo
Não jogue lixo no chão. O escoamento da água nos centros urbanos é complicado principalmente pelo lixo que obstrui as canaletas. Essa é uma das causas das enchentes e dos deslizamentos, além de estimular e proliferação de ratos, baratas e doenças.

Deixe terra à vista
Pavimentar todo o solo não é bom. Ao construir sua calçada, por exemplo, você pode optar por materiais que permitem que a água o atravesse. Pontos de terra sem pavimento significam que o solo pode respirar. Chão todo pavimentado é como pele humana coberta de substância extremamente gordurosa e com todos os seus poros obstruídos.

No escritorio de trabalho

Imprima menos
Antes de ativar a impressora, pense se é estritamente necessário imprimir os e-mails que recebe. Seja rígido na seleção e só imprima o que for indispensável. Para imprimir um e-mail você utiliza energia elétrica e matéria-prima oriunda das árvores.


Reutilize papéis
Toda folha de papel tem dois lados, mas muitas vezes esquecemos-nos disso. Reutilize folhas de papel. Faça blocos de nota com papéis usados ou mande folhas de volta para a impressora para imprimir no verso materiais só de leitura.

Compartilhe material
Construa uma caixa comum de materiais como canetas, lápis clipes, post-its. Ali podem estar os materiais que não são pessoais. Isso evita que cada pessoa compre uma nova caneta a cada vez que não conseguir encontrar a sua.

Seja seletivo no material
Papel reciclado, lápis de madeira certificada, canetas com componentes não-poluentes. Já existem muitas opções de material de escritório que são produzidas pensando na redução do impacto ambiental.

Não ignore o verão
No verão, vá trabalhar de roupas leves e defenda isso na empresa em que trabalha. Se o seu cargo é de chefia, libere os subordinados de usar ternos e trajes formais calorentos diariamente nessa época do ano. Assim, o ar-condicionado poderá funcionar em menor potência, economizando energia e esquentando menos o mundo lá fora.

No supermercado

Desembale
Evite o excesso de embalagens. A energia usada para fabricar uma única lata de refrigerante é a mesma que a sua televisão utiliza se passar 172 horas ligadas. O queijo fatiado, por exemplo, não precisa de bandeja de isopor nem de filme plástico. E, afinal, para que usar uma sacola de plástico para cada três produtos? Para pequenas compras, por exemplo, você pode levar sua sacola de casa.


Use retornáveis
Não compre descartáveis. De copos e pratos a garrafas, dê preferência aos itens cujo fabricante já prevê a reutilização. Volte a usar garrafas retornáveis de cerveja.

Prefira produtos locais
Prove os alimentos produzidos na sua região e dê preferência a eles. Além de mais frescos (o que é melhor para a sua saúde) significam um modo de produção menos impactante, e menos emissão de gases no processo de transporte.

Consuma menos
Repense seu calendário de compras e evite comprar alimentos que estragam rápido - isso significa mais idas ao supermercado, mais queima de combustível fóssil e mais consumo irracional. Antes de comprar qualquer coisa, pergunte-se se você realmente precisa daquilo. Não compre o que não é necessário e cuide do que vai fazer com o lixo da sua compra.

Economize na sua casa

Economize água
Diminua o tempo dos banhos, feche a torneira enquanto escova os dentes, use regador em vez de mangueira, varra a calçada em vez de lavá-la. De acordo com dados do International Hydrological Programme da Unesco, 97,5% da água do planeta é salgada. A água doce só representa 2,5% e está, em sua maior parte, nas calotas polares. Apenas 0,3% encontram-se acessível em lagos, rios e lençóis subterrâneos. Com a poluição dessas fontes, a escassez de água no planeta é uma preocupação mundial.


Separe o lixo
Mesmo que a sua cidade não ofereça serviços de coleta seletiva, separe o lixo em casa e descubra para onde você pode levar material reciclável como vidro, plástico, metal e papel. Tenha especial cautela com lixos poluentes como lâmpadas com mercúrio, pilhas ou baterias usadas, que não podem ser misturados ao lixo comum. O mau gerenciamento dos resíduos da atividade humana é uma das causas diretas do aquecimento global.

Desplugue
Embora seja menos impactante do que a queima de combustível fóssil, o modo de produção da energia hidrelétrica (foto cachoeira) largamente usado pelo Brasil também é desfavorável à natureza. Tire os eletrodomésticos da tomada enquanto estão desligados e evite deixar equipamentos no modo "standby", que ainda significa consumo. Prefira eletrodomésticos economizadores de energia.

Certifique-se da madeira
Na hora de comprar móveis de madeira, procure saber de onde vem a matéria-prima. Prefira móveis certificados (selo FSC) e oriundos de florestas de manejo sustentável. Dessa forma, você age diretamente contra o desmatamento e pela preservação das florestas brasileiras.

Tenha plantas
Nos jardins, nos quintais, nas sacadas, na calçada, na sala do apartamento, no hall do prédio. Plantas significam mais qualidade no ar e menos poluição. Podem ainda significar alimentos frescos para quem mantém pequenas hortas em casa.